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terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Acontecimentos no ano de 1716


  • Maio,02-Nascimento do infante D.Carlos 4º filho de D.João V e de D.Maria Ana.
Não gozava de boa saúde, frequentemente saía de Lisboa, para beneficiar de melhores ares da vila de Belas.

Cascais começava a ganhar fama de ser terra muito sadia e nela viverem os homens muitos anos.

Logo o infante passou a ir a banhos para aquela terra.

Sempre enfermiço ao infante tudo lhe aparecia, pleuresias, febres, etc., em 1735 ficou sem sentidos, muitas horas, achando então os médicos, por bem, "receitar-lhe" o santíssimo sacramento,pois tratava-se duma "maligna" pois "o mal está todo no peito".

Animadores lá iam dizendo que se escapasse de morrer, ficaria com uma tísica que o deixaria viver pouco tempo.

Finalmente morreu em Abril de 1736.


  • Novembro,17-Bula papal criando o Patriarcado de Lisboa.
Quando em 7 de Novembro de 1716 o papa Clemente XI elevou a capela real a basílica patriarcal, criando o patriarcado de Lisboa, foi esta honra uma das poucas concedidas até então, pois os únicos com relevância histórica são os de Roma, Constantinopla, Antioquia, Jerusalém e Alexandria.

Estabeleceu-se também uma divisão eclesiástica com duas jurisdições, o arcebispado na sé velha e o patriarcado na capela real, sucedendo-lhe uma divisão administrativa, ficando a cidade ocidental com 22 freguesias e cerca de 700 ruas e duas praças a do Rossio e a do Terreiro do Paço, bem como os templos que chegavam a 124.

Na cidade oriental ficava a parte mais antiga contida dentro das muralhas, com cerca de 300 ruas, 16 freguesias e cerca de 39 igrejas, ermidas e vários conventos.

Esta divisão durou até 1740 em que foi reunificada. Sucederam-se até hoje dezasseis patriarcas à frente da Igreja lisbonense, de D. Tomás de Almeida a D. José Policarpo.

Os patriarcas de Lisboa são sempre feitos cardeais no primeiro consistório a seguir à sua nomeação para esta Sé.

Esta bula papal In suprema apostolatus solio, insere-se numa política de prestígio da coroa , procurando colocar as relações entre Portugal e Santa Sé ao nível das de outras grandes potências.