Querendo ver outros blogs meus consultar a Teia dos meus blogs

sábado, 17 de dezembro de 2011

Acontecimentos no ano de 1723


  • Casamento do Marquês de Pombal

Quando era ainda apenas um fidalgo sem grandeza, aos 23 anos, Sebastião José, casou-se com uma viúva e importante dama aristocrata, D. Teresa de Noronha e Bourbon Mendonça e Almada (1689-1737), dez anos mais velha, sobrinha do conde de Arcos, o que criou a Sebastião de Carvalho problemas com a família da mulher.

Em circunstâncias pouco convencionais: rapta a noiva uma vez que ele não era aceite pela família desta, extremamente poderosa, que o considerava "um mau partido". Este casamento permitiu a integração de Sebastião José no grupo representante da alta fidalguia.

Não houve descendência neste primeiro casamento.



  • Surto de Febre Amarela em Lisboa.

A febre amarela é uma doença que, infelizmente, vitimou muitas pessoas antes que se descobrisse que este tipo de moléstia era transmitida por dois tipo de mosquito do gênero: Aedes aegypti eHaemagogus.

Antes das descobertas expansivas da Europa, os Europeus nunca haviam ouvido falar de tal doença, somente com a descoberta da América e da África que os primeiros infectados puderam ser conhecidos. Este tipo de moléstia é causada por um vírus. Ainda hoje há dúvida sobre o lugar de origem do vírus, mas a África Ocidental e as Antilhas são os mais prováveis refugio deste tipo de vírus.

Os primeiros relatos dessa doença, só foram feitos em meados do século XVII. Em pouco tempo os europeus tiveram a desagradável experiência. Em 1665 uma esquadra inglesa perde em Santa Lúcia – pequena ilha do Caribe – 1440 tripulantes, numa expedição cujo total de homens era de 1500.

Em 1700 a febre amarela já estava na Europa. A península Ibérica foi o primeiro lugar em que a epidemia se manifestou, provocando 10 mil mortes em Cádis, em 1714. Em Lisboa, 6000 pessoas morrem de febre amarela em 1723

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Acontecimentos no ano de 1722

  • Revolta dos sobas angolanos no Quilengues

No dia 9 de Junho travou-se enorme batalha, de enormes desproporções entre os contendores, muito embora da parte portuguesa houvesse mais organização e experiência, resultou aquele combate na província de Quilengues enorme mortandade, entre os revoltosos, tendo na ocasião o príncipe Quiambollas fugido para lá do rio Catumbela, onde acabou por se render com a promessa de não mais se revoltar

Nota; Quilengues é uma vila e município da província da Huíla, Angola.

Tem cerca de 114 mil habitantes. É limitado a Norte pelo município de Chongoroi, a Este pelo município de Caluquembe, a Sul pelos municípios de Cacula e Lubango, e a Oeste pelos municípios de Bibala e Camucuio.

É constituído pelas comunas de Quilengues, Dinde e Impulo. As principais actividades são a agricultura, comércio e criação de gado.

Foi colonizada pelos portugueses a partir de 1770.

  • Embaixada da China em Portugal

Quando o imperador Kangxi da China, enviou ao rei D. João V no dia uma embaixada saída da China a 3 de Março de 1721, o Pe António de Magalhães (missionário em Macau desde 1696 e em Pequim a partir de 1716) essa embaixada era um sinal de que entre Portugal e a China as relações podiam continuar no recíproco respeito e com o apoio e a protecção necessários aos jesuítas lusitanos, insinuou-se a possibilidade de reconstituir aquele tecido sociopolítico que a «questão dos ritos» e as divisões internas à mesma igreja tinham profundamente desgastado.

Essa embaixada trazia presentes para o rei contidas em 60 caixas cuja avaliação foi de 300.000 cruzados. Só as 7 pérolas foram estimadas cada uma em 14.000 cruzados e entre outras coisas contavam-se flores artificiais feitas pelo próprio Imperador.

A recepção à embaixada teve lugar no dia 22 de Dezembro

  • Violento sismo no Algarve
Rezavam assim as crónicas de época

Em 27 de Dezembro, entre as 5 e as 6 da tarde, sentiu-se em Portugal um forte tremor de terra, mais intenso no sul do País. Foi sentido fortemente do Cabo de S. Vicente a Castro Marim e provocou estragos em Loulé, Tavira, Faro, Albufeira e Portimão. Houve muitos mortos, edifícios destruídos e muitas casas ficaram inabitáveis. (Moreira, 1991)

O tremor de terra, que não durou mais espaço que o de huma Ave Maria; mas tam violento, que fez hum grande abalo, e se abrirão algumas fendas na abobada da Igreja do Collegio, estallando algumas pedras das tribunas e portas.

O mesmo padeceo a Igreja, e mais officinas do Convento dos Capuchos, onde se tocarão per si as campainhas, que costumão estar junto aos altares. Tem-se noticia de vir correndo este
movimento desde o Cabo de S. Vicente, e de se ir dilatando pela extensão do reino: experimentando-se maior violência nas Villas de Albufeira, e Loulé, e nas cidades de Faro e Tavira. (...)”

Segundo Moreira de Mendonça, “padeceo o Reyno do Algarve humTerramoto fatalissimo, que durando pouco mais espaço, que o de uma Ave-Maria, forão tão grandes os abalos, que causou muitos estragos. Em Villa Nova de Portimão, ficarão arruinadas a Igreja do Collegio da Companhia, e a Igreja do Convento dos Capuchos. Em Tavira acabou como hum horroroso
trovão, cahirão 27 moradas de casas, a as mais ficarão arruinadas.

No rio se apartarão as agoas, de forma, que huma Caravella, que por elle hia sahindo ficou em seco por muito tempo. O Convento de S. Francisco ficou muito arruinado. Em Faro cahirão muitas casas, em que morreu alguma gente, ficando as mais abertas. O mesmo sucedeu á Torre da Igreja Cathedral, na qual fez o movimento de tocar os sinos.





terça-feira, 8 de novembro de 2011

Acontecimentos no ano de 1719

  • Clemente IX criou o Bispado do Grão-Pará
No dia 4 de março de 1719, o papa Clemente IX, através da Bula Copiosus in Misericórdia, criou o Bispado do Grão-Pará, sendo nomeado o seu 1º Bispo, D. Frei José Bartolomeu do Pilar, da Ordem dos Carmelitas Calçados.


  • Bartolomeu de Gusmão patenteia uma máquina voadora (a Passarola). A Inquisição persegue-o. Ele foge.

  • Lisboa, 26.10.1719 - A 23 viu a Corte um combate de Touros no lugar de Odivelas, de que foi mantenedor D. António da Silveira, festejando o casamento de D. Brás Baltazar da Silveira seu irmão, e fez tudo com muito luzimento, e mui ajustado aos preceitos de tourear. (GLO n.º 43, 26.10.1719).

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Acontecimentos no ano de 1719


  • Manuel de Azevedo Fortes é investido no cargo de engenheiro-mor do reino

Quadro atribuído a Pierre Antoine Quillard.

Integrado-se na corrente das Luzes, Azevedo Fortes foi engenheiro do exército tendo a sua formação na área das ciências exactas muito contribuído para a coloração da sua obra.

É autor do primeiro tratado sobre lógica integralmente escrito em português, quebrando o anterior monopólio do latim, a Lógica Racional Geométrica e Analítica, publicada em Lisboa em 1744.

Manuel de Azevedo Fortes (1660-1749) morreu em 28 de Março de 1749. Integrando-se na corrente das Luzes foi autor do primeiro tratado sobre lógica integralmente escrito em português: a Lógica Racional Geométrica e Analítica, publicada em Lisboa em 1744.

Nomeado Engenheiro-mor do Reino em 1719, tendo também escrito o Tratado do Modo mais fácil e exacto de fazer as Cartas Geográficas, de 1722 e O Engenheiro Português, obra em 2 tomos publicados em 1728 e 1729.

Fonte: Portal da História

  • Parte de Haia para Madrid D. Luís da Cunha na qualidade de Embaixador Extraordinário

Célebre diplomata no tempo de D. João V, comendador da ordem de Cristo, arcediago da sé de Évora, desembargador do Paço, enviado extraordinário às cortes de Londres, Madrid e Paris, e ministro plenipotenciário de Portugal no congresso de Utreque ; académico da Academia Real de História, etc.

Nasceu em Lisboa a 25 de Janeiro de 1662, e faleceu. em Paris a 9 de Outubro de 1749. Era filho de D. António Álvares da Cunha, guarda-mor da Torre do Tombo, e sobrinho de D. Sancho Manuel, conde de Vila Flor.

Seguiu muito moço os estudos da Universidade de Coimbra, onde se graduou na faculdade de direito canónico, e tendo desde logo mostrado extraordinário talento, foi nomeado em 1686, quando terminou o curso, desembargador da relação do Porto, contando apenas 20 anos de idade, passando depois para a de Lisboa.

Em 1696 foi nomeado embaixador na corte de Londres, em que revelou exuberantemente a sua grande vocação para a diplomacia. No ano de 1712 recebeu a nomeação de ministro plenipotenciário no congresso de Utreque, para auxiliar o conde de Tarouca, que já estava encarregado das negociações da paz.

Assinou nesse ano a suspensão das armas, a que se seguiu o tratado, celebrado entre Portugal, França e Espanha, que veio a ser assinado em 1715, o qual pôs termo à guerra da sucessão de Espanha.

Depois voltou a Londres como embaixador extraordinário, a felicitar o rei Jorge I, de Inglaterra, pela sua elevação ao trono, acompanhou este monarca a Hanover, donde novamente partiu para Londres.

Em seguida foi enviado a Madrid, que estava sendo governada pelo cardeal Alberoni. Teve graves contendas com este fogoso ministro, que numa ocasião, por causa duma reclamação de 600.000 patacas que Portugal apresentava, o tratou injuriosamente, chegando a voltar-lhe as costas. D. Luís da Cunha procedeu então com toda a energia.

Dotado dum fino tacto diplomático, percebeu que nessa ocasião não convinha à Espanha ter guerra com Portugal; era no tempo em que o embaixador espanhol em Paris, o príncipe de Cellamare, conspirara contra o regente, sendo a conspiração descoberta.

A França declarara guerra à Espanha, o marechal de Berwick invadira as províncias setentrionais da península, e Alberoni não podia desejar que um exército português o obrigasse a chamar para as suas fronteiras ocidentais uma parte das forças, que lhe eram tão precisas nos Pirinéus.

Por isso, D. Luís da Cunha mostrou-se resoluto e exigente, e conseguiu da Espanha pleníssimas satisfações, dando melhor seguimento aos motivos que levaram a sua nomeação em 16 de Fevereiro

terça-feira, 26 de abril de 2011

Saque da ilha de Santiago em Cabo Verde

O Forte Real de São Filipe, também referido como Fortaleza Real de São Filipe ou simplesmente como Cidadela, localiza-se no alto da Achada de São Filipe, na Cidade Velha, no município da Ribeira Grande de Santiago, na ilha de Santiago, em Cabo Verde.

Em posição dominante sobre a antiga cidade da Ribeira Grande, a 120 metros acima do nível do mar, foi a primeira e mais importante fortificação do arquipélago.

Em 1712 foi tomada de assalto por corsários franceses, sob o comando de Jacques Cassard, que, em seguida, saquearam violentamente a cidade, incendiando-a. Foi reconstruído na segunda metade do século XVIII.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Acontecimentos no ano de 1716

  • Nascimento de D. Gaspar filho ilegítimo de D.João.

Nascimento em Lisboa de D. Gaspar a 8 de Outubro de 1716 filho de D. Madalena Máxima de Miranda e de D.João V, foi o segundo «Menino de Palhavã».

Em 1758 foi designado arcebispo primaz de Braga, sucedendo assim ao seu tio José de Bragança, ele mesmo um filho bastardo de Pedro II de Portugal. Esteve nesse cargo até á sua morte a 18 de Janeiro de 1789

  • Regência de D.Maria Ana
A Rainha D. Maria Ana foi regente por duas vezes. A primeira foi em 1716, quando D. João V se afastou da capital. Retirado em Vila Viçosa, foi convalescer de uma doença séria mal esclarecida que apareceu depois de uma profunda crise de melancolia que atacou o Rei.
Foi durante esta regência que o infante D. Francisco Xavier se aproximou da Rainha e tentou repetir os actos que o seu pai, o Rei D. Pedro II, tinha feito com o irmão D. Afonso VI.

Tristemente célebre pela perversidade da índole. Diz dele Veríssimo Serrão que «continua a ser uma personagem enigmática da nossa história», «a quem se atribui o projecto de, por meios violentos, substituir o irmão no trono. Faltam as provas seguras do asserto, ainda que o infante não deixasse boa lembrança de seu nome, pelo instinto cruel e pela rudeza do seu viver. Dedicava o tempo ao exercício da caça, primeiro em Salvaterra e depois na tapada de Samora, raramente vindo ao Paço para participar nas solenidades religiosas. (...)

Tudo é misterioso no seu comportamento sendo quase certo que a partir de 1715 se consumou a sua ruptura com a família real».

Verdadeiro criminoso, «muito novo, um dos seus divertimentos, para mostrar a perícia em atirar ao alvo, era fazer fogo sobre os pobres marujos, que no serviço de bordo se empoleiravam nos mastros dos navios no Tejo, e que o saudavam quando o viam passar pelo rio.

Em Queluz, era o terror de toda a gente pelas crueldades. Ambicioso, alimentava a ideia de usurpar a coroa ao irmão como seu pai havia feito a seu tio, D. Afonso VI, por isso, para em tudo seguir aquele exemplo, quando D. João V saía de Lisboa, chegava a incomodar a rainha D. Maria Ana de Áustria, sua cunhada, fazendo-lhe corte descarada e inconveniente, procurando indispô-la contra o marido com intuitos ambiciosos.

A rainha, receando muito do seu carácter, procurou impedir a devota peregrinação que o rei projectava a Nossa Senhora do Loreto, na Itália.

Seus lisongeiros dizem que tinha grandes conhecimentos de náutica, teóricos e práticos. Rebelo da Silva, na Mocidade de D. João V, e A. F. Barata, nos Jesuítas da corte, falam do antipático personagem que se distinguiu pela crueldade e ambição.

Fonte:Wikipédia