De imediato o embaixador português em Paris D.Luís da Cunha, fez o mesmo retirando-se para Bruxelas.
As relações entre Portugal e a França ficaram interrompidas durante 14 anos, as missões diplomáticas entre as duas coroas, ficando a França representada em Portugal por um cônsul e Portugal em França por um encarregado de negócios.
Diga-se contudo que as relações económicas e culturais sempre se mantiveram.
Entretanto desde Bruxelas, D.Luís da Cunha sempre esteve negociando com o governo francês para pôr termo a este estado de coisas, o que efectivamente conseguiu, chegando a um acordo com o marquês de Fénelon, ministro francês em Haia.
- Maio, 24-Instruções dadas a José da Cunha Brochado para ajustar com Espanha uma liga ofensiva e defensiva.
Assim a princesa D.Maria Bárbara, casaria com o príncipe das Astúrias e D.José casaria com D.Mariana Vitória, ficando assim seladas pelo casamento dos dois príncipes herdeiros, o compromisso de ajuda mútua.
Curiosamente ambas as princesas haviam estado na lista de casamento de Luís XV, a portuguesa fora chumbada porque "não estava em condições de corresponder ao objectivo, por serem frequentes os casos e loucura e de má saúde na família", receando-se que não pudesse vir a ter filhos.
A princesa Mariana Vitória que teria estado "á experiência" na corte francesa, acabaria por ser devolvida a Filipe V, pelo que ficaram então reunidas as condições para o futuro enlace.
- Outubro,28-Nomeação de João Saldanha da Gama como vice-rei da Índia
Filho de Luís Saldanha da Gama, capitão-general de Mazagão (Marrocos), iniciou a carreira das armas ainda muito jovem, servindo com o pai em Mazagão. Foi, depois, coronel de Infantaria e camarista do infante D. António.
Em 1725, foi nomeado vice-rei da Índia, cargo em que se manteve até 1732, regressando então ao reino. Durante a sua brilhante governação as forças portuguesas obtiveram vários êxitos militares, conseguindo reconquistar Mombaça.
Chefiou ainda a embaixada portuguesa que se deslocou a Pequim, encarregada de saudar o imperador.
(via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)
- Termina a construção da fachada actual do Mosteiro de Alcobaça, restando do gótico primitivo o portal de arcos ogivais e o aro da rosácea.