- Manuel de Azevedo Fortes é investido no cargo de engenheiro-mor do reino
Quadro atribuído a Pierre Antoine Quillard.
Integrado-se na corrente das Luzes, Azevedo Fortes foi engenheiro do exército tendo a sua formação na área das ciências exactas muito contribuído para a coloração da sua obra.
É autor do primeiro tratado sobre lógica integralmente escrito em português, quebrando o anterior monopólio do latim, a Lógica Racional Geométrica e Analítica, publicada em Lisboa em 1744.
Manuel de Azevedo Fortes (1660-1749) morreu em 28 de Março de 1749. Integrando-se na corrente das Luzes foi autor do primeiro tratado sobre lógica integralmente escrito em português: a Lógica Racional Geométrica e Analítica, publicada em Lisboa em 1744.
Nomeado Engenheiro-mor do Reino em 1719, tendo também escrito o Tratado do Modo mais fácil e exacto de fazer as Cartas Geográficas, de 1722 e O Engenheiro Português, obra em 2 tomos publicados em 1728 e 1729.
Fonte: Portal da História
- Parte de Haia para Madrid D. Luís da Cunha na qualidade de Embaixador Extraordinário
Célebre diplomata no tempo de D. João V, comendador da ordem de Cristo, arcediago da sé de Évora, desembargador do Paço, enviado extraordinário às cortes de Londres, Madrid e Paris, e ministro plenipotenciário de Portugal no congresso de Utreque ; académico da Academia Real de História, etc.
Nasceu em Lisboa a 25 de Janeiro de 1662, e faleceu. em Paris a 9 de Outubro de 1749. Era filho de D. António Álvares da Cunha, guarda-mor da Torre do Tombo, e sobrinho de D. Sancho Manuel, conde de Vila Flor.
Seguiu muito moço os estudos da Universidade de Coimbra, onde se graduou na faculdade de direito canónico, e tendo desde logo mostrado extraordinário talento, foi nomeado em 1686, quando terminou o curso, desembargador da relação do Porto, contando apenas 20 anos de idade, passando depois para a de Lisboa.
Em 1696 foi nomeado embaixador na corte de Londres, em que revelou exuberantemente a sua grande vocação para a diplomacia. No ano de 1712 recebeu a nomeação de ministro plenipotenciário no congresso de Utreque, para auxiliar o conde de Tarouca, que já estava encarregado das negociações da paz.
Assinou nesse ano a suspensão das armas, a que se seguiu o tratado, celebrado entre Portugal, França e Espanha, que veio a ser assinado em 1715, o qual pôs termo à guerra da sucessão de Espanha.
Depois voltou a Londres como embaixador extraordinário, a felicitar o rei Jorge I, de Inglaterra, pela sua elevação ao trono, acompanhou este monarca a Hanover, donde novamente partiu para Londres.
Em seguida foi enviado a Madrid, que estava sendo governada pelo cardeal Alberoni. Teve graves contendas com este fogoso ministro, que numa ocasião, por causa duma reclamação de 600.000 patacas que Portugal apresentava, o tratou injuriosamente, chegando a voltar-lhe as costas. D. Luís da Cunha procedeu então com toda a energia.
Dotado dum fino tacto diplomático, percebeu que nessa ocasião não convinha à Espanha ter guerra com Portugal; era no tempo em que o embaixador espanhol em Paris, o príncipe de Cellamare, conspirara contra o regente, sendo a conspiração descoberta.
A França declarara guerra à Espanha, o marechal de Berwick invadira as províncias setentrionais da península, e Alberoni não podia desejar que um exército português o obrigasse a chamar para as suas fronteiras ocidentais uma parte das forças, que lhe eram tão precisas nos Pirinéus.
Por isso, D. Luís da Cunha mostrou-se resoluto e exigente, e conseguiu da Espanha pleníssimas satisfações, dando melhor seguimento aos motivos que levaram a sua nomeação em 16 de Fevereiro