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quinta-feira, 27 de novembro de 2008

A morte de D.João V

No dia 29 de Julho de 1750, tinha o rei 60 anos, quando antes que se lhe toldasse o conhecimento, o cardeal-patriarca administrou a extrema-unção a D.João V, com a presença de todos os seus filho da Rainha "sentidíssima porém sem lágrimas" como se relatou na altura e do seu irmão infante D.António.

Segundo descrição da época "finalmente chegou o termo de expirar sua Magestade e sem movimento estranho, mas com serenidade e suma quietação, acabou a vida no Mundo", as 7 horas da tarde do dia 31 de Julho.

Imediatamente, após a família se ter retirado, segui-se o embalsamamento do cadáver real, observando-se que não havia lesões nos intestinos, muito embora a determinação da causa da morte indicasse qe "tanto do ventre como do cérebro vagava um licor morboso em tanta quantidade que se reconheceu acabara Sua Magestade de uma hidropisia do ventre mas não totalmente consumada".

As vísceras régias foram encerrada num vaso e enviadas para São Vicente de Fora, onde mais tarde o corpo viria ser sepultado. Não sem antes ter estado em câmara ardente, num dos maiores aposentos da Patriarcal, adornado com panos negros e onde se colocou um riquíssimo leito, com dorsel, sustentado por quatro pilares, uma peça de grande valor e já há muito destinado para as cerimónias fúnebres de pessoas reais.

No dia 3 de Agosto foi rezada pelo patriarca a missa de corpo presente e depois e vário cerimonial, pelas 9 horas da noite tudo se preparou para funeral.

Desfile de grande séquito, com a cavalaria do Terreiro do Paço e a infantaria nas ruas do percurso que seguindo pela Sé , e pelo Limoeiro até chegar ao local, onde os irmãos da Misericórdia puseram o caixão num esquife.

As cerimónias fúnebres foram magnificentes, decorrendo vários cerimoniais por todo o Reino, nomeadamente em Braga, governada pelo meio irmão de D.João, o arcebispo D.José,mas igualmente no Brasil e mesmo nalgumas irmandades de cortes estrangeiras, sediadas em Portugal, o fizerem.

5 comentários:

Anónimo disse...

eu gostava muito de d.joao

Anónimo disse...

o gajo morreu com uma pila na boca isto esta tudo errado. beijinhos na teta esquerda

Luisa Paiva Boléo disse...

Foi um rei magnânimo. Só os portugueses o não sabem reconhecer.
Teve um reinado dos mais longos da História e ao contrário do que se disse e diz era um rei culto, comprava a peso de ouro manuscritos raríssimos que estão nas Bibliotecas da Universidade de Coimbra e na de Mafra, hoje entre as mais belas do mundo.
Gostava de mulheres e teve várias, como os reis do seu tempo. Vejam os reis de França. Sim era religioso como toda a Europa do século XVIII. É preciso rever a História e dar-lhe o devido valor. Sim gastou fortunas para ter um Patriarca em Lisboa e teve e tem. Sim teve filhos fora do casamento. Quase todos os nossos reis tiveram à excepção de Dom Sebastião que nem teve namoradas nem mulher e salvo um rei da Primeira Dinasta
Gosto deste rei e do património fabuloso que nos deixou. Vão ao Alentejo, a Coimbra a Lisboa e por esse país fora.

Juvenal Nunes disse...

D. Sancho II, da 1ª dinastia, foi casado com D. Mécia Lopes de Haro, mas não teve descendência.
D. Afonso IV não teve amantes nem filhos fora do casamento.
Na 2ª dinastia, D. Sebastião não contraiu matrimónio porque recusou todas as propostas que lhe foram apresentadas. D. Henrique, devido à idade avançada e pelo facto de ser cardeal, morreu solteiro.
Na 4ª dinastia, D. Afonso VI não teve filhos porque a sua saúde não lho permitiu. D. Manuel II casou com uma senhora inglesa, mas também não houve filhos deste casamento.

Juvenal Nunes

Luisa Paiva Boléo disse...

Penso que a senhora que casou com D. Manuel II era alemã e sobrinha ou sobrinha neta da mulher de D. Miguel. Será que tinha a nacionalidade inglesa?