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sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Um incidente menor que podería ter desencadeado uma guerra

Muito embora os casamentos reais pudessem de algum modo atenuar a conflitualidade entre Portugal e Espanha a verdade é que a situação política não era na altura muito tranquila, sobretudo por causa das questões fronteiriças no Brasil, ligadas à colónia de Sacramento.

O exemplo dos factos acontecidos em Madrid em Março de 1735, com o nosso embaixador Pedro Álvares Cabral são reveladores. Um incidente provocado pelo criados do embaixador, que tirando um prisioneiro das mãos dos oficiais de justiça espanhóis, dando-lhe guarida na embaixada, violaram os princípios das relações diplomáticas entre os dois países, pois na sequência a residência do embaixador foi invadida e presos os criados implicados.

A retaliação por parte de Portugal não se fez esperar e o mesmo aconteceu aqui à casa do embaixador espanhol e também presos alguns dos seus servidores.

D.João V convoca uma junta com algumas personalidades para o ajudarem a tomar decisões. A reunião decorreu em casa do secretário de Estado Diogo de Mendonça, por se encontrar doente. Entre essa personagens contavam-se o cardeal da Mota, o cardeal da Cunha e o conde da Ericeira e Alexandre de Gusmão, as figuras mais proeminentes do Reino e de quem falarei mais tarde.

O propósito era discutir uma proposta do embaixador para que se "rompesse guerra" com se chamava na altura ao acto de declaração de guerra.A proposta só obteve um voto favorável , mas duas conclusões se podem tirar daqui a delicadeza das relações ibéricas na eminência da guerra e a troca de opiniões, segundo o que foi relatado ao embaixador D.Luís da Cunha, pois a ideia generalizada que ficou da reunião foi que mesmo que houvesse guerra com o Mundo haveria que se manter a aliança com a Inglaterra.

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