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quarta-feira, 9 de abril de 2008

Acontecimentos no ano de 1740


  • A acção do marquês do Louriçal na Índia

Pela segunda vez D.Luís de Menezes embarca em Lisboa com destino à Índia para cumprir o mandato de Vice-rei.

Embarca no dia 7 de Maio de 1740, já com o título de Marquês do Louriçal, chefiando um esquadra de 7 naus de guerra, que transportavam 2000 soldados e dezasseis peças de artilharia de um novo sistema que disparavam 20 tiros por minuto, invenção segundo se supõe, dum oficial dinamarquês Jacob Weinholtz, residente em Portugal.

*** Comentário enviado por Luís Bívar ****

Jacob Weinholtz, inventor, "segundo se supõe",das peças de artilharia que davam 20 tiros por minuto, era o Coronel de Artilharia, com o exercício de engenheiro, Friedrich Jakob von Weinholtz (1700-1752 ), nascido em Rendsbourg, no Sleswig-Holstein, então integrado na Dinamarca,pertencente a uma das principais famílias nobres daquele ducado, que há gerações se vinha distinguindo na engenharia militar.Friedrich von Weinholtz servira nos exércitos de Frederico IV da Dinamarca e do Imperador Carlos VI, nas campanhas contra Carlos XII da Suécia, tendo participado em 15 campanhas, 4 batalhas campais e 1 naval, 4 desembarques, 7 sítios, 2 bloqueios e em diversos choques. Em 1736, servia no exército do Feld Marechal Friedrich Heron, Conde de Seckendorf, ao qual assistiu na batalha do Mosela.Foi, nessa altura convidado por D. João V, através do Embaixador D. Luis da Cunha, para servir em Portugal. Pouco depois seria o primeiro comandante do recém-criado Regimento de Artilharia da Corte, aquartelado no forte de São Julião da Barra.
Sua mulher, Marie Elisabeth, era Wedderkop, família cuja figura mais conhecida foi Magnus von Wedderkop, Senhor de Steinhorst, Conselheiro de estado e Primeiro Ministro dos Duques Frederico e Carlos Frederico de Holstein.
É vasta a bibliografia histórica e tecnica sobre as invenções de Weinholtz, conhecidas interna e internacionalmente por "Artilharia Weinholtz". Cito, no entanto, uma fonte que refere os sucessos operados na India com a utilização das peças "Weinholtz":in "Alemães na India nos séculos XV a XVIII" de J.B.Amancio Gracias, pags. 85 a 87 (BNL-cota H.G.28666 V)

**** fim de comentário *****

A viagem foi tormentosa só chegaram a Mormugão um ano depois, mas não perderam tempo pois em 13 de Junho desse ano toma
m de assalto a fortaleza de Coquem e forçam a rendição de Colsala, dando início a uma rápida e convincente recuperação territorial, retomando Bardez e Salsete, conseguindo depois disso, forçar Bounsoló à rendição e a pedir a paz e obrigando-o a devolver Sanguem e Pondá.

Não durou muito a acção do marquês do Louriçal, pois viria a falecer em Goa a 12 de Junho de 1742, apenas 13 meses de exercício de poder.

Viria a ser substituído 2 anos mais tarde por D.Pedro Miguel de Almeida nessa altura marquês de Castelo Novo e futuro marquês de Alorna.


  • Início da construção da Igreja do Senhor Jesus da Pedra em Óbidos
Fora da Vila, na estrada para as Caldas da Rainha, ergue-se o Santuário do Senhor da Pedra, templo inaugurado em 1747.

O risco da obra é de autoria do Arq. Capitão Rodrigo Franco (da Mitra Patriarcal) e tem a particularidade de articular um volume cilíndrico (exterior) com um polígono hexagonal (interior), em planta centrada à qual se anexam três corpos (dois correspondentes às torres e outro que corresponde à sacristia).

No seu programa de simetrias destaca-se o jogo de janelas invertidas. O seu interior apresenta três capelas: a capela-mor dedicada ao Calvário, com uma tela de André Gonçalves, e as capelas laterais dedicadas a Nossa Senhora da Conceição e à Morte de São José, com telas de José da Costa Negreiros.

A "estranha" imagem de pedra de Cristo Crucificado, em maquineta própria no Altar-Mor, esteve até à inauguração do Santuário recolhida numa pequena ermida junto à estrada para Caldas da Rainha onde era objecto de grande devoção, nomeadamente do Rei D. João V.

Créditos : Município de Óbidos

2 comentários:

luis bivar disse...

Jacob Weinholtz, inventor, "segundo se supõe",das peças de artilharia que davam 20 tiros por minuto, era o Coronel de Artilharia, com o exercício de engenheiro, Friedrich Jakob von Weinholtz (1700-1752 ), nascido em Rendsbourg, no Sleswig-Holstein, então integrado na Dinamarca,pertencente a uma das principais famílias nobres daquele ducado, que há gerações se vinha distinguindo na engenharia militar.Friedrich von Weinholtz servira nos exércitos de Frederico IV da Dinamarca e do Imperador Carlos VI, nas campanhas contra Carlos XII da Suécia, tendo participado em 15 campanhas, 4 batalhas campais e 1 naval, 4 desembarques, 7 sítios, 2 bloqueios e em diversos choques. Em 1736, servia no exército do Feld Marechal Friedrich Heron, Conde de Seckendorf, ao qual assistiu na batalha do Mosela.Foi, nessa altura convidado por D. João V, através do Embaixador D. Luis da Cunha, para servir em Portugal. Pouco depois seria o primeiro comandante do recém-criado Regimento de Artilharia da Corte, aquartelado no forte de São Julião da Barra.
Sua mulher, Marie Elisabeth, era Wedderkop, família cuja figura mais conhecida foi Magnus von Wedderkop, Senhor de Steinhorst, Conselheiro de estado e Primeiro Ministro dos Duques Frederico e Carlos Frederico de Holstein.
É vasta a bibliografia histórica e tecnica sobre as invenções de Weinholtz, conhecidas interna e internacionalmente por "Artilharia Weinholtz". Cito, no entanto, uma fonte que refere os sucessos operados na India com a utilização das peças "Weinholtz":in "Alemães na India nos séculos XV a XVIII" de J.B.Amancio Gracias, pags. 85 a 87 (BNL-cota H.G.28666 V)

Luís Maia disse...

Agradeço imenso o seu comentário que vou colocar no texto principal, caso não veja inconveniente

Os meus agradecimentos