(Coche da embaixada enviada por D. João V ao papa Clemente XI )
Quando em 7 de Novembro de 1716 o papa Clemente XI elevou a capela real a basílica patriarcal, criando o patriarcado de Lisboa, foi esta honra uma das poucas concedidas até então, pois os únicos com relevância histórica são os de Roma, Constantinopla, Antioquia, Jerusalém e Alexandria.
Estabeleceu-se também uma divisão eclesiástica com duas jurisdições, o arcebispado na sé velha e o patriarcado na capela real, sucedendo-lhe uma divisão administrativa, ficando a cidade ocidental com 22 freguesias e cerca de 700 ruas e duas praças a do Rossio e a do Terreiro do Paço, bem como os templos que chegavam a 124.
Na cidade oriental ficava a parte mais antiga contida dentro das muralhas, com cerca de 300 ruas, 16 freguesias e cerca de 39 igrejas, ermidas e vários conventos.
Esta divisão durou até 1740 em que foi reunificada. Sucederam-se até hoje dezasseis patriarcas à frente da Igreja lisbonense, de D. Tomás de Almeida a D. José Policarpo.
Os patriarcas de Lisboa são sempre feitos cardeais no primeiro consistório a seguir à sua nomeação para esta Sé.
Esta bula papal In suprema apostolatus solio, insere-se numa política de prestígio da coroa , procurando colocar as relações entre Portugal e Santa Sé ao nível das de outras grandes potências.
A ajuda naval acedendo aos pedidos de Clemente XI e uma faustosa embaixada enviada ao Papa, inseriu-se nesse plano diplomático de D.João V
A 8 de Julho de 1716 entrou na Santa Sé essa embaixada, liderada pelo Marquês de Fontes, D. Rodrigo de Meneses.
Esta embaixada pretendia mostrar a magnificência do Poder Real de quem dominava um vasto império. Dado o luxo e a magnitude deste cortejo, durante muitos anos nenhum outro monarca ousou enviar embaixadas ao Vaticano. Era constituída por 5 coches temáticos e 10 de acompanhamento. Três desses coches temáticos encontram-se no Museu Nacional dos Coches.
Tratou-se dum cortejo temático, tratando da conquista da navegação, das nações bárbaras vencidas e também do comércio posteriormente estabelecido.
No cortejo iam mais de 30 prelados, grande numero de pessoas de destaque, embaixadores príncipes que desfilaram em mais de 300 carruagens.
Na audiência papal, o Marquês de Fontes entregou-lhe uma carta credencial, dando-lhe conta do nascimento de D.José , lembrando também, o precioso socorro que enviara contra o "ataque do poder otomano".
D.Rodrigo de Meneses havia demorado 3 anos a preparar esta importante missão que lhe fora entregue.
Mesmo assim as relações diplomáticas com a Santa Sé não foram sanadas, mantendo-se a divergência acerca duma longa e complicada questão envolvendo o cardeal de Antioquia, Maillard de Tournon e as suas decisões sobre as interdições do culto rendido a Confúcio, que Clemente XI apoiava e que se mantinha preso em Macau, por pressão do Imperador da China.
Quando em 7 de Novembro de 1716 o papa Clemente XI elevou a capela real a basílica patriarcal, criando o patriarcado de Lisboa, foi esta honra uma das poucas concedidas até então, pois os únicos com relevância histórica são os de Roma, Constantinopla, Antioquia, Jerusalém e Alexandria.
Estabeleceu-se também uma divisão eclesiástica com duas jurisdições, o arcebispado na sé velha e o patriarcado na capela real, sucedendo-lhe uma divisão administrativa, ficando a cidade ocidental com 22 freguesias e cerca de 700 ruas e duas praças a do Rossio e a do Terreiro do Paço, bem como os templos que chegavam a 124.
Na cidade oriental ficava a parte mais antiga contida dentro das muralhas, com cerca de 300 ruas, 16 freguesias e cerca de 39 igrejas, ermidas e vários conventos.
Esta divisão durou até 1740 em que foi reunificada. Sucederam-se até hoje dezasseis patriarcas à frente da Igreja lisbonense, de D. Tomás de Almeida a D. José Policarpo.
Os patriarcas de Lisboa são sempre feitos cardeais no primeiro consistório a seguir à sua nomeação para esta Sé.
Esta bula papal In suprema apostolatus solio, insere-se numa política de prestígio da coroa , procurando colocar as relações entre Portugal e Santa Sé ao nível das de outras grandes potências.
A ajuda naval acedendo aos pedidos de Clemente XI e uma faustosa embaixada enviada ao Papa, inseriu-se nesse plano diplomático de D.João V
A 8 de Julho de 1716 entrou na Santa Sé essa embaixada, liderada pelo Marquês de Fontes, D. Rodrigo de Meneses.
Esta embaixada pretendia mostrar a magnificência do Poder Real de quem dominava um vasto império. Dado o luxo e a magnitude deste cortejo, durante muitos anos nenhum outro monarca ousou enviar embaixadas ao Vaticano. Era constituída por 5 coches temáticos e 10 de acompanhamento. Três desses coches temáticos encontram-se no Museu Nacional dos Coches.
Tratou-se dum cortejo temático, tratando da conquista da navegação, das nações bárbaras vencidas e também do comércio posteriormente estabelecido.
No cortejo iam mais de 30 prelados, grande numero de pessoas de destaque, embaixadores príncipes que desfilaram em mais de 300 carruagens.
Na audiência papal, o Marquês de Fontes entregou-lhe uma carta credencial, dando-lhe conta do nascimento de D.José , lembrando também, o precioso socorro que enviara contra o "ataque do poder otomano".
D.Rodrigo de Meneses havia demorado 3 anos a preparar esta importante missão que lhe fora entregue.
Mesmo assim as relações diplomáticas com a Santa Sé não foram sanadas, mantendo-se a divergência acerca duma longa e complicada questão envolvendo o cardeal de Antioquia, Maillard de Tournon e as suas decisões sobre as interdições do culto rendido a Confúcio, que Clemente XI apoiava e que se mantinha preso em Macau, por pressão do Imperador da China.
1 comentário:
"...criando o patriarcado de Lisboa, foi esta honra uma das poucas concedidas até então, pois os únicos com relevância histórica são os de Roma, Constantinopla, Antioquia, Jerusalém e Alexandria." Não senhor... não houve outra criação de patriarcados até hoje. Houve, isso sim, a atribuição de títulos de "patriarca" (como é o caso do Patriarca das Índias Ocidentais (atribuído aos Arcebispos de Toledo), ou o Patriarca das Índias Orientais... etc. O Patriarcado português tem o seu patriarca não por título mas por direito próprio de existir o respectivo patriarcado. Não existe patriarcado das Índias Orientais, por exemplo, e este título cabia dentro do território do Patriarcado português. Portanto estamos perante um caso único na história da Igreja.
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