Morte de D.Pedro II
- Num domingo a 5 de Dezembro de 1706, D.Pedro II, dizem uns depois da missa e outros depois da caça, recolheu numa quinta em Alcântara, que lhe havia sido cedida, por obras no palácio, "alguma coisa aquebrantado" onde depois "lhe sobreveio grande febre com uma sonolência invencível", não bastando para o acordar, a enorme quantidade de ventosas e de outros remédios que se julgou conveniente aplicar-lhe.
- Reconheceram os médicos "a grande debilidade da cabeça", tendo-o purgado com o famoso extracto de agárico. Parece que "obrou copiosamente", mas foi necessário sangrá-lo novamente e por duas vezes nos pés, "porque havia uma sezão muito grave".
- Mais tarde uma "pontada que lhe deu da banda esquerda", que alguns chamaram de "pleuriz bastardo".
- As sangrias não paravam, mas as aflições e as dores não passavam, levaram à conclusão, que o fim se aproximava.
- Após um sofrimento de 4 dias, D.Pedro II morre no dia 9 de Dezembro de 1706.
- Conforme prática na época, com os reis defuntos, D.Pedro foi embalsamado
- Existe relato minucioso sobre as entranhas reais tipo "O bofe estava todo negro" ou "a pleura do lado esquerdo estava esfacelada com uma grande porção de sangue gumoso". mas uma informação mais restrita diria que "se lhe acharam 23 pedras de fel e também um bolso de matéria em outra parte".
- Também como era norma os intestinos retirados durante o processo, foram devidamente enterrados em local diferente do corpo embalsamado, foram para o mosteiro das Flamengas em Alcântara.
- Foi enterrado no convento de São Vicente de Fora.
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