(retrato de D.Maria Ana da Austria)
Nasceu em Lintz a 7 de Setembro de 1683, faleceu. no paço de Belém a 14 de Agosto de 1754. Era filha do imperador Leopoldo e de sua terceira mulher, a imperatriz D. Leonor Madalena Teresa de Neuburgo, irmã do imperador José, então reinante.
Como era tradição, as rainhas de Portugal, dispunham além de rendimentos próprios, de servidores distintos daqueles que serviam o rei.
A Rainha D.Maria Ana da Austria, era uma personalidade muito forte, de grande austeridade e católica fervorosa.Desde logo decidiu controlar as presenças masculinas em sua casa.determinando "que nas antecâmaras as fidalgas não assistentes no Paço, não falem com homem algum ainda que sejam parentes muito chegados".
Para as que viviam no Palácio a regra era outra "podiam falar só a pais e irmãos e tios irmãos dos pais", mas mesmo assim só na presença de uma dona de câmara.
Naturalmente oriunda de uma País de grande tradição cultural, organizava saraus em seus aposentos, com assistência restrita, em que ela própria tocava cravo.
A rainha era uma boa mãe que educava os filhos com inexcedíveis cuidados, porém não isenta de exageros, nomeadamente no que toca aos aspectos religiosos, como por exemplo o de o seu primeiro filho, D.Pedro, ter sido sepultado, quando morreu apenas com 2 anos e pouco, com o habito da Companhia de Jesus, por ser esse o vestuário que normalmente envergava em vida.
Imagine-se pois uma criança de 2 anos, vestido de jesuíta para homenagear S.Francisco Xavier de quem a rainha era devota.
Na Quaresma, "correr as igrejas", era uma prática de devoção para a rainha, acompanhada pelas damas da sua casa real e elementos femininos da família.Mesmo fora dessas época as visitas ás igrejas eram constantes, Madre de Deus,Esperança e São Roque, as mais visitadas.
Aos domingos costumava divertir-se nas" faluas pelo Tejo abaixo", acompanhada com música de "clarins e atabales", mas esses passeios ainda que pelo campo, acabavam invariavelmente na visita a um convento.
Tudo servia de pretexto para visitas a igrejas e conventos, quando aos 2 anos de idade, o infante D.José foi desmamado, logo a rainha o foi oferecer a S.Francisco Xavier à igreja de São Roque.
Como curiosidade lembre-se que nesta época, o período de amamentação durava geralmente até aos 3 anos e nunca as mulheres de condição nobre e muito menos as rainhas amamentavam os seus filhos. Essa tarefa era entregue a mulheres de condição plebeia, que após terminado o serviço de amamentação voltavam ás suas anteriores casas.
A rainha adorava as montarias , por exemplo em Fernão Ferro, onde se caçavam javalis e raposas. Depois armavam-se tendas para o jantar e o regresso a Lisboa.
Jantares que segundo reza a Gazeta de Lisboa, não eram restritos, toda a gente comia "entre duas fontes de vinho, em que comeram todos os criados inferiores que ali se acharam e depois se expôs tudo ao povo". Enfim uma despesa superior a um conto de réis.
Fundou o convento de S. João Nepomuceno em Lisboa, onde quis ser sepultada num magnífico mausoléu, e como era muito amiga da sua pátria recomendou no testamento que o seu coração fosse levado para o jazigo dos seus antepassados na Alemanha.
O colégio de Santa Catarina, ocupa hoje esse antigo complexo conventual, consagrado à devoção do santo trazido pelos religiosos Carmelitas Descalços Alemães e que actualmente dá o nome ao largo onde se situa o colégio. A igreja foi decorada com frescos e pinturas, alegóricas ao seu patrono, da autoria de um grande pintor do período artístico joanino – Pedro Alexandrino de Carvalho.
Testemunho da sua beleza e esplendor é ainda hoje a existência de uma imagem de João Nepomuceno de grandes dimensões que estava colocado no frontispício da igreja e que actualmente se encontra no átrio (antigo Claustro) do colégio.
Anos mais tarde, em 1737, este complexo conventual foi reconstruído pelos arquitectos Carlos Mardel e Machado de Castro.
Nasceu em Lintz a 7 de Setembro de 1683, faleceu. no paço de Belém a 14 de Agosto de 1754. Era filha do imperador Leopoldo e de sua terceira mulher, a imperatriz D. Leonor Madalena Teresa de Neuburgo, irmã do imperador José, então reinante.
Como era tradição, as rainhas de Portugal, dispunham além de rendimentos próprios, de servidores distintos daqueles que serviam o rei.
A Rainha D.Maria Ana da Austria, era uma personalidade muito forte, de grande austeridade e católica fervorosa.Desde logo decidiu controlar as presenças masculinas em sua casa.determinando "que nas antecâmaras as fidalgas não assistentes no Paço, não falem com homem algum ainda que sejam parentes muito chegados".
Para as que viviam no Palácio a regra era outra "podiam falar só a pais e irmãos e tios irmãos dos pais", mas mesmo assim só na presença de uma dona de câmara.
Naturalmente oriunda de uma País de grande tradição cultural, organizava saraus em seus aposentos, com assistência restrita, em que ela própria tocava cravo.
A rainha era uma boa mãe que educava os filhos com inexcedíveis cuidados, porém não isenta de exageros, nomeadamente no que toca aos aspectos religiosos, como por exemplo o de o seu primeiro filho, D.Pedro, ter sido sepultado, quando morreu apenas com 2 anos e pouco, com o habito da Companhia de Jesus, por ser esse o vestuário que normalmente envergava em vida.
Imagine-se pois uma criança de 2 anos, vestido de jesuíta para homenagear S.Francisco Xavier de quem a rainha era devota.
Na Quaresma, "correr as igrejas", era uma prática de devoção para a rainha, acompanhada pelas damas da sua casa real e elementos femininos da família.Mesmo fora dessas época as visitas ás igrejas eram constantes, Madre de Deus,Esperança e São Roque, as mais visitadas.
Aos domingos costumava divertir-se nas" faluas pelo Tejo abaixo", acompanhada com música de "clarins e atabales", mas esses passeios ainda que pelo campo, acabavam invariavelmente na visita a um convento.
Tudo servia de pretexto para visitas a igrejas e conventos, quando aos 2 anos de idade, o infante D.José foi desmamado, logo a rainha o foi oferecer a S.Francisco Xavier à igreja de São Roque.
Como curiosidade lembre-se que nesta época, o período de amamentação durava geralmente até aos 3 anos e nunca as mulheres de condição nobre e muito menos as rainhas amamentavam os seus filhos. Essa tarefa era entregue a mulheres de condição plebeia, que após terminado o serviço de amamentação voltavam ás suas anteriores casas.
A rainha adorava as montarias , por exemplo em Fernão Ferro, onde se caçavam javalis e raposas. Depois armavam-se tendas para o jantar e o regresso a Lisboa.
Jantares que segundo reza a Gazeta de Lisboa, não eram restritos, toda a gente comia "entre duas fontes de vinho, em que comeram todos os criados inferiores que ali se acharam e depois se expôs tudo ao povo". Enfim uma despesa superior a um conto de réis.
Fundou o convento de S. João Nepomuceno em Lisboa, onde quis ser sepultada num magnífico mausoléu, e como era muito amiga da sua pátria recomendou no testamento que o seu coração fosse levado para o jazigo dos seus antepassados na Alemanha.
O colégio de Santa Catarina, ocupa hoje esse antigo complexo conventual, consagrado à devoção do santo trazido pelos religiosos Carmelitas Descalços Alemães e que actualmente dá o nome ao largo onde se situa o colégio. A igreja foi decorada com frescos e pinturas, alegóricas ao seu patrono, da autoria de um grande pintor do período artístico joanino – Pedro Alexandrino de Carvalho.
Testemunho da sua beleza e esplendor é ainda hoje a existência de uma imagem de João Nepomuceno de grandes dimensões que estava colocado no frontispício da igreja e que actualmente se encontra no átrio (antigo Claustro) do colégio.
Anos mais tarde, em 1737, este complexo conventual foi reconstruído pelos arquitectos Carlos Mardel e Machado de Castro.
3 comentários:
Informação muito útil!
Parabéns pela ideia do Blog
Cumprimentos
Obrigado Soraya
se for útil óptimo
Olá.
Gostei do Blog, tem informação útil, ajudando a esclarecer algumas dúvidas que tinha.
Se me permite, apresenta um erro no texto de D. Maria Ana Josefa, nomeadamente na cidade em que nasceu, sendo esta Linz, e não Lintz, como tinha escrito.
Cumprimentos.
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