(auto-de-fé Terreiro do Paço em Lisboa)
Durante o reinado de D.João V, realizaram-se em Lisboa 28 autos-de-fé públicos, em geral cada 2 anos e cerca de 341 particulares.
Não havendo a certeza se o rei esteve presente em todos eles, seguramente esteve na maioria pelo menos dos actos públicos.
D.João V gostava do espectáculo, era talvez o seu favorito, mas saliente-se que essa manifestação de barbárie a nossos olhos, não o seria nesse tempo, é incompreensível mas assim era nesse tempo e ainda durante muito tempo, pois a Inquisição foi extinta gradualmente ao longo do século XVIII, embora só em 1821 se dê a extinção formal em Portugal numa sessão das Cortes Gerais.
A título comparativo, a última pessoa morta pela inquisição espanhola, foi o professor Cayetano Ripoli, garroteado em Valência em 26 de Julho de 1826, só sendo contudo abolida 8 anos mais tarde.
A Inquisição existia através dum tribunal eclesiástico, que perseguia e condenava aqueles que fossem suspeitos de praticar outras religiões. Era também uma instituição avessa à produção cultural assim como se opunha a todas as inovações científicas.
Atitude "reaccionária", diríamos hoje muito justamente.Na verdade, a Igreja receava que as ideias inovadoras conduzissem os crentes à dúvida religiosa e à contestação da autoridade do Papa.A tão controversa infalibilidade que ainda hoje é defendida como dogma da Igreja Católica Apostólica Romana.
D.João V, mesmo na fase terminal da sua doença e dadas as dificuldades de locomoção, nem assim deixava de comparecer, ia de véspera para casa do inquisidor-mor o cardeal da Cunha.
Aliás o clima era de tal modo festivo que se aproveitava a ocasião, para se organizarem jantaradas, que sarcasticamente passava por enormes churrascos, como se o apetite fosse estimulado pelo espectáculo cruel de se assistir a pessoas serem mortas na fogueira.
Muito embora o Papa João Paulo II tenha pedido perdão, pelos erros dos "filhos da igreja" e não da instituição Igreja, como deveria ter dito, minimizou a questão considerando que o homem de hoje tem dificuldade em entender as razões que levaram a Inquisição a ser necessária para a sua época.
Durante o reinado de D.João V, realizaram-se em Lisboa 28 autos-de-fé públicos, em geral cada 2 anos e cerca de 341 particulares.
Não havendo a certeza se o rei esteve presente em todos eles, seguramente esteve na maioria pelo menos dos actos públicos.
D.João V gostava do espectáculo, era talvez o seu favorito, mas saliente-se que essa manifestação de barbárie a nossos olhos, não o seria nesse tempo, é incompreensível mas assim era nesse tempo e ainda durante muito tempo, pois a Inquisição foi extinta gradualmente ao longo do século XVIII, embora só em 1821 se dê a extinção formal em Portugal numa sessão das Cortes Gerais.
A título comparativo, a última pessoa morta pela inquisição espanhola, foi o professor Cayetano Ripoli, garroteado em Valência em 26 de Julho de 1826, só sendo contudo abolida 8 anos mais tarde.
A Inquisição existia através dum tribunal eclesiástico, que perseguia e condenava aqueles que fossem suspeitos de praticar outras religiões. Era também uma instituição avessa à produção cultural assim como se opunha a todas as inovações científicas.
Atitude "reaccionária", diríamos hoje muito justamente.Na verdade, a Igreja receava que as ideias inovadoras conduzissem os crentes à dúvida religiosa e à contestação da autoridade do Papa.A tão controversa infalibilidade que ainda hoje é defendida como dogma da Igreja Católica Apostólica Romana.
D.João V, mesmo na fase terminal da sua doença e dadas as dificuldades de locomoção, nem assim deixava de comparecer, ia de véspera para casa do inquisidor-mor o cardeal da Cunha.
Aliás o clima era de tal modo festivo que se aproveitava a ocasião, para se organizarem jantaradas, que sarcasticamente passava por enormes churrascos, como se o apetite fosse estimulado pelo espectáculo cruel de se assistir a pessoas serem mortas na fogueira.
Muito embora o Papa João Paulo II tenha pedido perdão, pelos erros dos "filhos da igreja" e não da instituição Igreja, como deveria ter dito, minimizou a questão considerando que o homem de hoje tem dificuldade em entender as razões que levaram a Inquisição a ser necessária para a sua época.
7 comentários:
A sua interpretação de Autos de Fé é na verdade uma deturpação. Eu defendo os Autos de Fé e considero-me católico e civilizado.
É abominável a forma como trata estes temas. Sem exagerar nas palavras só posso classificar o seu artigo de uma "falsidade composta". Não lhe chamo "mentira composta" por ter a certeza que é desgovernado pela ignorância e não pela má-fé.
"Muito embora o Papa João Paulo II tenha pedido perdão, pelos erros dos "filhos da igreja" e não da instituição Igreja, como deveria ter dito,"
Caro senhor, deveria ter dito porque? Já viu um circulo quadrado?!
A sua ignorância religiosa incomoda!
O ASCENDENS ASCENDENS defende os autos de fé?
O ascendens ascendens é o ramo lusitano do estado islåmico? Se, sim, vade retro... Amen!
Se, como quer o Papa João Paulo II, formos reduzir todas as barbáries a "entender as razões que levaram a Inquisição a ser necessária para a sua época", nenhuma barbárie deixará de ser perdoada. A Inquisição foi uma covardia das mais vis, e só ela seria suficiente para a Igreja fechar as portas.
reacionário é um termo dos sociais fascistas que nunca aceitaram a liberdade de expressão !!!! no caso concreto esses tribunais eram criminosos !!!
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