VIEIRA LUSITANO, 1699-1783 [Alegoria à Academia Real da História]
D.João V gostava imenso de ler e para além disso dedicou especial atenção á biblioteca régia e ao patrocinio da impressão de muitas obras.
Criou bibliotecas no colégio das Necessidades e no convento de Mafra e sobretudo a da Universidade de Coimbra, construída com financiamento régio entre 1716 e 1728.
Sempre acusado de despesista pelos "inúmeros livros que fez imprimir, dentro e fora do reino dos escritores do nosso tempo e dos séculos mais afastados", não pode deixar de se salientar o contributo que nesta matéria deu á causa da cultura.
A biblioteca do paço ficava situada no terceiro andar do palácio real, enriquecida com bons livros e excelente e cuidadoso acondicionamento.
As obras literárias vinham frequentemente do estrangeiro, tendo os seus embaixadores instruções, para enviarem para Lisboa, catálogos sobre venda de livros publicados, bem como instruções para que observassem aspectos de organização, decoração e conteúdos.
Há referência bastantes aos habitos de leitura compulsiva de D.João V, para alguns "enfronhava-se de tal maneira na leitura que por vezes se esquecia de comer, jantando depois das 4 da tarde"
Para sublinhar este facto, por certo exageradamente, disse D.António Caetano de Sousa que D.João V "fazia mais gosto nos livros, do que do ouro e dos diamantes que recebia do Brasil".
Preferia temas de História e de Geografia de Portugal, como forma de saber onde ficavam determinados locais do seu reino, já que visitas apenas fez a provincias mais perto de Lisboa, como Estremadura e Alentejo.
Nos últimos 8 anos da sua vida (1742-1750), substituiu a leitura por ouvir ler, já que a sua doença lhe dificultava os movimentos mais simples como pegar num livro e virar as páginas.
Foi com a Academia Real de História que D.João V mais dinheiro gastou, para edição de obras várias e para a realização de "academias", (reuniões literárias no palácio real).
Esta academia foi uma instituição fundada a 8 de Dezembro de 1720 , com o objectivo de escrever a história de Portugal, teve um curto período de florescimento, entrando, a partir de 1736 , em lenta decadência, até que desapareceu.
Foi percursora da Academia Real das Ciências de Lisboa (hoje Academia das Ciências ), fundada em 1780 , e deixou um importante espólio na sua Colecção dos Documentos e Memórias da Academia Real de História .
É sua herdeira a Academia Portuguesa da História (fundada em 1935 ).
Criou bibliotecas no colégio das Necessidades e no convento de Mafra e sobretudo a da Universidade de Coimbra, construída com financiamento régio entre 1716 e 1728.
Sempre acusado de despesista pelos "inúmeros livros que fez imprimir, dentro e fora do reino dos escritores do nosso tempo e dos séculos mais afastados", não pode deixar de se salientar o contributo que nesta matéria deu á causa da cultura.
A biblioteca do paço ficava situada no terceiro andar do palácio real, enriquecida com bons livros e excelente e cuidadoso acondicionamento.
As obras literárias vinham frequentemente do estrangeiro, tendo os seus embaixadores instruções, para enviarem para Lisboa, catálogos sobre venda de livros publicados, bem como instruções para que observassem aspectos de organização, decoração e conteúdos.
Há referência bastantes aos habitos de leitura compulsiva de D.João V, para alguns "enfronhava-se de tal maneira na leitura que por vezes se esquecia de comer, jantando depois das 4 da tarde"
Para sublinhar este facto, por certo exageradamente, disse D.António Caetano de Sousa que D.João V "fazia mais gosto nos livros, do que do ouro e dos diamantes que recebia do Brasil".
Preferia temas de História e de Geografia de Portugal, como forma de saber onde ficavam determinados locais do seu reino, já que visitas apenas fez a provincias mais perto de Lisboa, como Estremadura e Alentejo.
Nos últimos 8 anos da sua vida (1742-1750), substituiu a leitura por ouvir ler, já que a sua doença lhe dificultava os movimentos mais simples como pegar num livro e virar as páginas.
Foi com a Academia Real de História que D.João V mais dinheiro gastou, para edição de obras várias e para a realização de "academias", (reuniões literárias no palácio real).
Esta academia foi uma instituição fundada a 8 de Dezembro de 1720 , com o objectivo de escrever a história de Portugal, teve um curto período de florescimento, entrando, a partir de 1736 , em lenta decadência, até que desapareceu.
Foi percursora da Academia Real das Ciências de Lisboa (hoje Academia das Ciências ), fundada em 1780 , e deixou um importante espólio na sua Colecção dos Documentos e Memórias da Academia Real de História .
É sua herdeira a Academia Portuguesa da História (fundada em 1935 ).
2 comentários:
O autor esqueceu-se de referir que a Biblioteca Régia do Paço Real, infelizmente, sucumbiu com o desastroso Terramoto de 1755 e com o seu subsequente incêndio, tendo-se perdido uma fabulosa e imprescindível biblioteca (e não só) para a história
Obrigado caro anónimo pelo seu contributo, tem toda a razão eu não referi esse verdadeiro desastre para a cultura portuguesa.
Agradeço a sua colaboração, ficando o seu registo.
Apareça mais vezes Ok ?
Luís Maia
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