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sexta-feira, 16 de março de 2007

Inúmeros interesses científicos


(A passarola de Bartolomeu de Gusmão)

D.João V foi um rei que sempre patenteou uma grande curiosidade científica, como se prova pelas inúmeras encomendas que os seus diplomatas faziam por cumprir de diversos instrumentos científicos como telescópios, barómetros, sextantes, relógios de pêndula, reveladores do seu interesse em desenvolver a astronomia, a matemática, etc.

A astronomia e a matemática elementares foram ensinadas na "Aula da Esfera" durante cerca de século e meio no Colégio de Santo Antão, fundado em Lisboa pela Companhia de Jesus.

Foi neste colégio (hoje o Hospital de S. José), que foi montado o primeiro Observatório Astronómico português.

Desde o princípio el-rei se interessou pelos projectos do padre, jesuíta Bartolomeu de Gusmão que foi, provavelmente, o maior precursor mundial da história da aerostação, ficando célebre, através dos tempos, pela invento da "Passarola".

Muito ridicularizado na época, chamavam-lhe "o americano", porém D.João V sempre o incentivou. recebeu as chaves da quinta do duque de Aveiro em S.Sebastião da Pedreira para ali fabricar o seu engenho.

Financiando igualmente os custos do invento, basicamente em arame e papel


Em 1709 o rei assistiu á primeira prova do invento do "Voador" de alcunha em tom jocoso, não sendo a estreia propriamente um êxito atendendo que ardeu completamente.

Outra versão porém é contada do site do Museu do Ar

No dia 8 de Agosto de 1709, na sala dos embaixadores da Casa da Índia, diante de D. João V, da Rainha, do Núncio Apostólico, Cardeal Conti (depois papa Inocêncio XIII), do Corpo Diplomático e demais membros da corte, Gusmão fez elevar a uns 4 metros de altura um pequeno balão de papel pardo grosso, cheio de ar quente, produzido pelo " fogo material contido numa tigela de barro incrustada na base de um tabuleiro de madeira encerada". Com receio que pegasse fogo aos cortinados, dois criados destruíram o balão, mas a experiência tinha sido coroada de êxito e impressionado vivamente a Coroa.

As experiências sucederam-se com balões de muito maior envergadura e, finalmente, embora não haja provas irrefutáveis sobre o facto, consta que um balão, enorme, provavelmente voado pelo próprio Gusmão, foi lançado na praça de armas do castelo de S. Jorge e depois de percorrer 1 km veio a cair no Terreiro do Paço.

Bartolomeu Lourenço de Gusmão, nasceu em 1685 em Santos, perto de S.Paulo, no Brasil, vindo a morrer com 39 anos em Toledo, indigente e com nome falso.

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